terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As 10 ideias sustentáveis mais curiosas dos últimos tempos

1ª - HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELETRICIDADE 



O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca, oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade – aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.

2ª - BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADOREs


Todas as luzes e os sons de uma “balada” gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

3ª - BORDEL OFERECE DESCONTO AOS CLIENTES QUE FOREM DE BICICLETA


Uma casa de diversão adulta encontrou uma maneira de atrair mais frequentadores, espantando a crise econômica, e ainda ajudar a frear as mudanças climáticas globais. Quem chega de bicicleta, ganha desconto. Segundo Thomas Goetz, dono do bordel “Maison D’envie”, a recessão atingiu em cheio os negócios. Consumidores que foram ao bordel pedalando, ou que provarem ter utilizado um meio de transporte público, recebem 5 euros de desconto sobre os tabelados 70 euros (mais de 150 reais) para 45 minutos.

4ª - EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL


Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d’água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

5ª - UNIVERSIDADE CONSTROI “TELHADO VERDE”


O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

6ª - DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA


Feita de concreto polido, a Pia batizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado eu ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.

7ª - DESIGNER CRIA CHUVEIRO QUE O OBRIGA A SAIR QUANDO JÁ DESPERDIÇOU MUITA ÁGUa


O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma ducha relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incômoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho – seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.

8ª - DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR ENERGIA


Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de sutis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e tátil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.

9ª - EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO


Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele “recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas”. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos

10ª - DESIGNER CRIA CARREGADOR DE IPHONE ALIMENTADO POR APERTO DE MÃO


Eis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de “You can work it out” – uma brincadeira entre encontrar uma solução (work it out) e exercitar-se (to work out) – e foi pensado por Mac Funamizu. 

Sistema para horta na janela

Conhecido como Window Farms, o sistema aproveita a água que cai de um vaso para regar as plantas de baixo.
Se você tem uma janela livre, se prepare, pois no site da Window Farms dá para comprar o kit, mas também tem as instruções para você mesmo montar em casa uma horta na janela. Há também toda uma comunidade aperfeiçoando maneiras de se fazer horta na janela.
O sistema funciona com uma bomba e um timer que ficam localizados na base da coluna de vasos. A bomba leva por um cano os nutrientes no tempo específico que você determinar.
Os preços variam pelo número de colunas com três vasos cada. Uma coluna custaUS$119.95, duas US$199.95 e o sistema com quatro colunas US$349.95.






Portas de sacada transformadas em horta vertical

Para que uma porta comum para a sacada do seu apartamento, se você pode transformá-la em uma horta vertical produzindo hortaliças, verduras, legumes e flores?
O projeto é do estúdio Seksan Design criado pelo arquiteto Ng Sek San da Malásia e foi apresentado na Singapore Garden Festival 2010 que premia anualmente os melhores projetos de jardins.






Hotel em Ibiza aposta em jardim vertical gigante




Localizado em Ibiza, o hotel Ushüaia contratou a empresa espanholaUrbanarbolismo especializada na construção e desenho de jardins verticais para fazer um gigantesco jardim vertical.
O jardim utiliza sistema eco.bin e serve como barreira acústica entre o espaço destinado para shows e festas ao ar livre e os apartamentos.O sistema funciona com garrafas cerâmicas que servem o propósito de absorção acústica. Cada garrafa cerâmica é instalada de forma inclinada para que a água regue todas as plantas nos níveis inferiores.
O projeto é uma colaboração da Urbanarbolismo  com Alijardín e Alicante foresta.







sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Universidade constroi “telhado verde”

O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva. 

Seria uma boa  se as Universidades Brasileiras adotasem a ideia.

Restaurante usa o que produz em horta no terraço


Suprimentos de vegetais frescos em grandes cidades? Nós desconfiamos na hora de que provavelmente eles não venham da cidade.
Mas um restaurante em Manhattan em Nova York está mudando essa situação e produzindo quase todos os vegetais utilizados no restaurante na sua horta de terraço.




O chef John Mooney dono do restaurante Bell, Book, and Candle conta com um variado sistema de hortas no seu terraço. Tem até horta vertical e hidropônica onde ele planta tomates, manjericão, entre outros.
John Mooney sobe no seu terraço todos os dias e cria um menu especial a partir dos vegetais disponíveis, servindo em seu restaurante em grande parte aquilo que produz no terraço.



O chef consegue produzir 1.000 plantas de cada vez de mais de 70 variedades de vegetais, ervas e frutas e durante 10 meses do ano.
O sistema é mais fácil de manter, pois utiliza apenas água com nutrientes para alimentar as plantas, além de ser mais leve do que a forma tradicional com solo. E utiliza 10% da água necessária normalmente para plantações.
Cada torre custa US$499,00 e pode ser comprada no site Tower Garden.



Design Sustentável ou Ecodesign?



Ecodesign é a mesma coisa que design sustentável? E green design? Muitas dúvidas surgem quando começamos a estudar o assunto, inclusive alguns autores ou sites na internet acabam confundindo os termos – por isso vou tentar esclarecer um pouco esses termos que é a base deste blog.



Reutilização de uma lâmpada como vaso desenvolvido pelo escritório argentino Minimahuella.

Ecodesign

Surgiu em 1992, por iniciativa de empresas norte-americanas do setor eletrônico que buscavam métodos para projetar produtos ecoeficientes.
Foi definido como — “um conjunto de práticas de projeto usadas na criação de produtos e processos ecoeficientes” ou “um sistema de projetar onde o desempenho respeita o meio ambiente, a saúde e segurança em todo o ciclo de vida do produto e do processo” (FIKSEL, 1995).
Resumindo, o objetivo principal do Ecodesign é projetar lugares, produtos e serviços levando em consideração a integração dos aspectos ambientais em todas as fases de seu sistema que, de alguma forma, reduzam o uso de recursos não-renováveis ou minimizem o impacto ambiental.

Princípios do Eco-Design

  • Escolha de materiais de baixo impacto ambiental: menos poluentes, não-tóxicos ou de produção sustentável ou reciclados, ou que requerem menos energia na fabricação.
  • Eficiência energética: utilizar processos de fabricação com menos energia.
  • Qualidade e durabilidade: produzir produtos que durem mais tempo e funcionem melhor a fim de gerar menos lixo;
  • Modularidade: criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não é todo o produto que é substituído, o que também gera menos lixo.
  • Reutilização/Reaproveitamento: Propor objetos feitos a partir da reutilização ou reaproveitamento de outros objetos; projetar o objeto para sobreviver seu ciclo de vida, criar ciclos fechados sustentáveis.
Ou seja, o foco do ecodesign é ambiental. Sua primeira definição foi dada por Papanek (2005) no livro “Design for the real world”.

Design Sustentável

Segundo o idds , Design Sustentável é um conjunto de ferramentas, conceitos e estratégias que visam desenvolver soluções para a geração de uma sociedade voltada para a sustentabilidade.





Segundo Pazmino (2007), é um processo mais abrangente e complexo que contempla que o produto seja economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente equitativo. O design deve satisfazer as necessidades humanas básicas de toda a sociedade. Pode incluir uma visão mais ampla de atendimento a comunidades menos favorecidas.


Podemos afirmar, portanto, que quando design e sustentabilidade se fundem em uma solução para determinada demanda imediata será projetada, sendo a melhoria e longevidade as características mais privilegiadas, ecoando nos âmbitos econômico, social e ambiental.
Um produto que se propõe ser mais sustentável deve englobar esses conceitos em toda a sua cadeia, incluindo a embalagem. Manzini e Vezzoli (2002) sugerem que “para atingir a sustentabilidade ambiental é necessário que ocorram percursos idealmente praticáveis na mudança tecnológica e na mudança cultural”.
No Design Sustentável a interdependência dos fatores envolvidos no desenvolvimento de um produto é essencial para um resultado positivo de um projeto.
Segunto KAZAZIAN “a interdependência é um precioso revelador de sentido e direção, que se trate da biosfera ou de organizações humanas: qualquer fenômeno repercute no conjunto, que, por sua vez, mais ou menos tarde e de forma mais ou menos intensa, acaba repercutindo na fonte do fenômeno. Um produto interdependente pode ser considerado um poluidor nômade. A cada etapa do seu ciclo de vida (extração das matérias primas, fabricação, distribuição, utilização, valorização), fluxos de entrada (matérias e energias) e de saída (resíduos, emissões liquidas e gasosas) produzem impactos negativos sobre o meio ambiente (poluições, resíduos, nocividades…) em diferentes lugares do planeta”.
KAZAZIAN nos mostra como tudo está conectado, não podendo ser desprezado os aspectos sociais envolvidos na produção de embalagem. Não basta estudar novas tecnologias que impactem menos o meio ambiente, é necessário estudar as pessoas envolvidas no ciclo de vida do produto. Para isso serão entrevistados designers, consumidores, fabricantes e representantes de cooperativas de reciclagem. Observar suas dificuldades e as soluções já encontradas. O seu estudo poderá mostrar como essas pessoas estão em interdependência, onde cada decisão individual pode impactar no coletivo.
Ou seja, além dos aspectos já considerados tradicionalmente pelo Design, os aspectos ambientais, sociais e econômicos são tão importantes quantos todos os outros.

Design social

No caso da embalagem, vejo que o o aspecto social tem sido pouco discutido. Tem se discutido muito mais os seus impactos ambientais, e as medidas que as empresas estão tomando tem sido mais nesse sentido. A embalagem, para esse atual momento do nosso desenvolvimento, pode ser uma ótima ferramenta de comunicação e de mudança de atitudes que visem a sustentabilidade.
PAPANEK em seu polêmico livro Design for the real Word, tentou mostrar um caminho alternativo para o designer, o desenvolvimento de um design não para o mercado e sim para o individuo, para a comunidade. Papanek também incentivava aos designers a passarem em países subdesenvolvidos aperfeiçoando produtos que realmente satisfazem as necessidades locais.
Vejam alguns exemplos de embalagens voltadas para o social aqui no blog:






Peepoo – Anders Wilhelmson


Conclusão

O Ecodesign faz parte do Design Sustentável. Sua metodologia e seus conceitos respondem as necessidades quando o assunto é o meio ambiente, porém não inclui os aspectos sociais envolvidos. E green design não quer dizer muita coisa, serve mais para o marketing do negócio.

Apenas como um design com o foco no desenvolvimento sustentável é que poderá obter um resultado viável economicamente, socialmente equitativo e ecologicamente benéfico.
Bibliografia
FIKSEL, J. Design for environment: creating eco-efficient products and processes.EUA: Ed. McGraw-Hill, 1995.
KAZAZIAN, Thierry (org). Haverá a idade das coisas leves: design e desenvolvimento sustentável, 2ª. Ed., São Paulo: SENAC, 2005.
MANZINI, Ezio; Vezzoli, Carlo. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis: os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: EDUSP, 2002.
PAPANEK, Victor. Design for the real world – human ecology and social change. 2ª Ed. Academy Chicago Publishers, 1985
PAZMINO, Ana Verónica. Uma reflexão sobre Design Social, Eco Design e Design Sustentável. I Simpósio Brasileiro de Design Sustentável. Curitiba, setembro de 2007.
Links



Fonte: